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sábado, 30 de abril de 2011

Lace Hill: O edifício verde que é quase um bairro


85 mil m² é o tamanho total do prédio Lace Hill em Yerevan, Armênia. Um colosso verde que abrigaria residências, escritórios, comércios e até espaços de lazer. Tudo isso com o maior charme ecologicamente correto.
Criado pelo escritório de arquitetura e design americano Forrest Fulton, o Lace Hill leva o formato de um monte, por conta do monte Ararat que fica próximo a cidade.
A colina artificial é coberta por vegetação da região que conta com um sistema de irrigação com água de reuso.
O espaço interno é liberado para pedestres e ciclistas, já os carros precisam ficar num estacionamento subterrâneo que dá acesso para uma rodovia que liga o lugar a todas as cidades da região.
Você pode clicar aqui para ver mais fotos desse belo projeto.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Clássico pelo meio ambiente



A preocupação mundial encontra força no esporte mais praticado do país: Ambientalismo e Futebol. Palmeiras e Corinthians anunciaram uma parceria que já fez sucesso ano passado: A cada clássico, árvores serão plantadas.
Os goleiros Julio Cesar e Deola foram representar Corinthians e Palmeiras, seus respectivos times.
“Decidi participar por realmente acreditar na causa. Antes de sermos rivais, somos seres humanos, vivemos no mesmo ambiente e respiramos o mesmo ar. Espero que daqui para frente todos os clubes grandes de São Paulo possam participar também”, diz Julio Cesar.
“A causa é muito nobre. É evidente que o mundo precisa de mudanças drásticas. Acho que o plantio de árvores pode ajudar muito, por isso é importante a conscientização de todos”, diz Deola.
São 100 novas árvores que serão plantadas a cada jogo dos times  mais 100 para cada gol marcado. Ah sim, esse ano também conta penaltis: A cada um que os goleiros pegarem, serão mais 200 árvores plantadas.
Ano passado foram cerca de 23 mil mudas plantadas, esse ano são aguardadas cerca de 50 mil.
“Gol é legal de fazer, pegar pênalti também, mas o principal objetivo dos goleiros é sair de campo sem levar gols. Acho que poderiam plantar 100 árvores quando isso acontecer”, declarou o goleiro Alvi-Verde que teve a ideia aceita pelos organizadoras da campanha “Jogando Pelo Meio Ambiente”.
Os goleiros combinaram também que, quem plantar menos árvores no ano, vai pagar cestas básicas no fim da temporada. Veja o vídeo aqui.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Belo Horizonte: Primeira capital sem sacolas plásticas

Dessa vez as notícias chegam direto da capital mineira: a partir do dia 28 de fevereiro, segunda-feira que vem, os estabelecimentos da cidade de Belo Horizonte serão obrigados a utilizar somente sacos de lixo ecológicos ou sacolas retornáveis.
A decisão refere-se a uma Lei Municipal de 2008, que dava um prazo de três anos para que os estabelecimentos se adaptassem a uma rotina sem sacolas plásticas, gradativamente. Esse prazo se esgotou em 2011 e a obrigatoriedade das sacolas ecológicas vai transformar Belo Horizonte na primeira capital brasileira sem sacolas plásticas em circulação.
Mas o que seriam essas sacolas ecológicas?
São as opções reaproveitáveis ou compostáveis, entre as quais estão as famosas ecobags (de lona, tecido, juta ou outro material de vida longa), as sacolas plásticas recicladas e as sacolas biodegradáveis.
E como vai funcionar na prática?
Para dar conta do recado em Belo Horizonte, entidades representantes do comércio varejista e da sociedade se uniram em apoio à lei e lançaram a campanha Sacola Plástica Nunca Mais, de responsabilidade socioambiental.
As ações da campanha iniciam em 13 de março. O objetivo é conscientizar empresas e consumidores da importância das embalagens retornáveis, fornecendo informações sobre as alternativas para a substituição das sacolas plásticas descartáveis e incentivando a mudança de comportamento.




Quem se interessa pelos detalhes jurídicos desse tipo de campanha pode ler este post do blog Econexos por Ecomeninas, que explica detalhadamente como se deu o processo.
Nossos leitores de BH poderão nos dar informações sobre como está sendo a reação da população a essa decisão. A iniciativa é louvável, mas para dar certo precisa da aceitação de todos.
Maiores detalhes da campanha clique aqui

O que acham desse exemplo ser expandido para as demais capitais  e cidades do Brasil?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Máquina de arco-íris promete deixar tudo mais bonito


Michael Jones McKean tem 34 anos e sabe bem que toda bela paisagem fica ainda mais bela com um arco-íris. Esse fenômeno, por mais normal que seja, não ocorre sempre. Então ele resolveu esse problema da forma mais criativa: criou uma máquina pra isso.
A máquina utiliza mangueiras e bombas d’água e é toda controlada por um laptop convencional. “A receita é juntar água e luz do sol. Por isso o dia tem de estar claro, sem nuvens”, explica McKean que é professor do departamento de artes da Universidade Virginia Commonwealth, nos EUA.
Como funciona: A água é “disparada” e chega a 76 metros de altura. O ar pulveriza o feixe e aí as gotinhas vão caindo e formando uma parede que simula o efeito da chuva. Com o laptop o professor consegue monitorar condições climáticas e a velocidade do vento. Vale lembrar que toda a água utilizada no processo é proveniente das chuvas. Eles a retiram dos telhados, a filtram e aí utilizam na máquina. O combustível utilizado pela máquina são movidos a biodiesel, mas o professor quer mudar logo para energia solar.
“O símbolo do arco-íris já está politizado, ganhou significados e conotações. Mas ainda tem o poder de nos desligar momentaneamente do dia a dia”. E para quem é fã de hits do youtube, o professor avisa: Ele quer fazer um double rainbow!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Arezzo, peles e a internet

Na última sexta a Arezzo lançou uma nova coleção chamada “pelemania” com peças utilizando pele e couro de animais. Sim, isso ainda existe. Porém existe outra coisa atualmente, a internet, que por conta das redes sociais, faz o papel de um “SAC aberto e colaborativo”.  Bastou todo mundo xingar muito no twitter, para a empresa tratar de mudar de ideia.
Só é bom deixar uma coisa bem clara: Não entendo patavinas de moda.
Sabendo disso, vamos aos fatos: A Arezzo apresentou uma coleção de inverno, feita com pele de animais, na sexta (15). A notícia se espalhou no fim de semana até chegar no twitter. Os microblogueiros fizeram a marca chegar ao primeiro lugar dos assuntos mais comentados no site – com uma enorme maioria de críticas em relação aos materiais utilizados na confecção da “pelemania”.
Não demorou e a Arezzo se deu conta de que a coisa tinha pegado bem mal: já na segunda-feira (18), informou que não vai mais produzir essa coleção.
Uma amiga minha, que entende de moda, aposta que a marca fez isso só para colocar seu nome de volta na mídia. Se for esse o caso, fico num misto de felicidade (pois, se era caso pensado, talvez nenhum animal tenha sido morto nesse processo) e tristeza (é sério que uma marca precisa falar que está matando animais pra voltar a ser comentada?).
No site da empresa foi inserido o seguinte comunicado:
Prezados consumidores,
A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios.
Por isso, viemos por meio deste nos posicionar sobre o episódio envolvendo nossas peças com peles exóticas – devidamente regulamentadas e certificadas, cumprindo todas as formalidades legais que envolvem a questão. Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa.
Um dos nossos principais compromissos é oferecer as tendências de moda de forma ágil e acessível aos nossos consumidores, amparados pelos preceitos de transparência e respeito aos nossos clientes e valores. E por respeito aos consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo em todas as nossas lojas do Brasil as peças com pele exótica em sua composição, mantendo somente as peças com peles sintéticas.
Reafirmamos nosso compromisso com a satisfação de nossos clientes e com a transparência das atitudes da Arezzo.
Atenciosamente,
Equipe Arezzo
Pra mim, dizer que “não vai mais fazer” não tira a péssima impressão que a marca deixou ao apresentar a coleção, e, caso não tenha sido (tristemente) premeditado, fica a pergunta: Não existe pesquisa de mercado nesse ramo?


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Na capital do etanol, Stock Car dá exemplo de sustentabilidade


Público visita os boxes. Em destaque carro do bicampeão do GP Ribeirão Preto, Átila Abreu
A Stock Car, maior competição automobilística do Brasil, teve sua 3ª etapa realizada neste domingo (17) em Ribeirão Preto/SP, cidade considerada a capital nacional do etanol. E é este o combustível que move as super máquinas desde o ano passado.
Uma escolha pioneira mundialmente, e um belo passo para reduzir o impacto do evento. Mas é preciso fazer mais para a categoria ser considerada sustentável. Eles vem tentando.

Primeiros passos

Em 2009, na etapa de Curitiba, a organização da Stock Car promoveu a Corrida Verde, uma disputa a pé incluindo pilotos, fãs e a comunidade local. A proposta não era chegar antes, mas levantar a bandeira da sustentabilidade e da energia renovável.
Paralelamente, esta foi a primeira etapa a ter coleta seletiva e reciclagem de todo o material utilizado, o que se tornou regra para as etapas seguintes.

Etanol

Competições automobilísticas são mundialmente regadas por gasolina de alta octanagem e diesel. Ok, carros de corrida precisam de potência, e os motores da Stock Car tem respeitáveis 520cv, mas a categoria enfrentou o desafio, fez as modificações necessárias e partiu para o etanol.
Desde 2010 a competição usa o biocombustível que pode emitir até 90% menos gases do efeito estufa, tem origem renovável, gera empregos e divisas para o país.
Posto montado no circuito abastece as equipes com etanol
Nós gostamos do etanol em substituição à gasolina, mas não podemos fechar os olhos para os diversos problemas que essa fonte de energia apresenta, principalmente para a terra e para os trabalhadores. É de se registrar também que a Mini Challenge, competição entre os simpáticos Minis que ocorre junto à Stock Car, permanece com gasolina por serem veículos importados.
“Carro do Mr. Bean” chega a 240Km/h, mas só na gasolina
Apesar do ronco dos motores estralhando de tanta compressão e excesso fazer sucesso com o público, esperamos que a categoria consiga partir para elétricos tão rápido quanto a FIA planeja para suas competições.

Neutralização de Carbono

Também desde 2010 a Stock Car neutraliza os Gases do Efeito Estufa (GEE) emitidos pelas provas ao longo do ano através da compra de Créditos de Carbono. O cálculo é realizado pela CM Capital Markets e utiliza padrões internacionais.
Neutralização é um exemplo a ser seguido por todo grande evento público como jogos e shows, porém tem de incluir tudo – mesmo. Da emissão gerada pelos carros das pessoas que se deslocam para o evento aos helicópteros das redes de televisão, isso só para considerar os emissores de gases e não os agentes indiretos.
Público estimado em 44 mil pessoas. É muita gente se deslocando para o evento
Não temos informações do que incluem os cálculos da Stock Car. Esperamos que sejam realmente abrangentes.

Lubrificantes

Carros usam lubrificantes em um milhão de partes, e bólidos de competição não seriam diferentes. O problema é que 1 litro de lubrificante pode contaminar 1 milhão de litros de água, 10 m² de solo ou o ar, se incinerado incorretamente.
É por isso que todo lubrificante retirado do carro tem (por força de lei) que receber destinação correta, leia-se: rerrefino, e na Stock Car eles são, com o trabalho da Lwart Lubrificantes que cuida de todo o processo.
- E aí chefia, vai trocar o óleo? – Só se o velho for para rerrefino.
Então, aproveitando a deixa, #fikadica: você precisa se certificar de que o local onde fará a troca de óleo do carro (posto de serviços, mecânica, etc.) dará a destinação correta para o material retirado.

Papel reciclado

Há também o compromisso de que todo material de comunicação da categoria deverá utilizar papel reciclado (resultados, guias, press-kits, etc.).
Bem, nós recebemos a Credencial de Imprensa (feita de plástico, o que até se entende pela necessidade da leitura magnético nas catracas) em um envelope branco (e não reciclado), e também um CD (em caixinha plástica padrão) contendo menos de 40Mb de dados (poderia ter sido facilmente disponibilizado para download).
É melhor darem uma revisada nesta questão.

Sustentabilidade

Pontos levantados, ressalvas feitas, fica o exemplo de que muito pode ser feito para tornar tudo, não só eventos mas cada passo e cada decisão de nosso dia a dia, um pouco menos impactante para o meio ambiente. Há muito o que melhorar, sem dúvidas, e esperamos que esta pequena análise sirva de base.
Na definição do próprio site oficial da Stock Car, sustentabilidade “é ter uma civilização em que a sociedade, os seus membros e as suas economias tenham suas necessidades sanadas e possam, ao mesmo tempo, preservar a biodiversidade e os ecossistemas, de forma eficiente e constante.”
Fácil? Nem um pouco. Essa palavra que cada vez mais se ouve em campanhas publicitárias mora na zona cinzenta entre os extremos “fazer tudo como antes e ignorar os impactos ambientais” e algo como “voltarmos a era da caça e pesca em total harmonia com a natureza”. Um é inaceitável, o outro utópico.
Cabe então a você, a mim e a cada homo sapiens sapiens, aceitar a necessidade de mudanças, buscar a solução e colocá-la em prática.

Fotos: Juan Lourenço –  via eco4planet.com