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sábado, 6 de agosto de 2011

O descarte correto dos exames de Raios X e Homer Simpson



Homer Simpson é um idiota que amamos. O motivo é simples: Ele é um desenho que vive num mundo de ficção e ao fazer coisas erradas rimos, em verdade, de nossos próprios erros – ridendo castigat mores, diria Molière.
Nós não queremos conhecer ninguém que tenha atitudes parecidas com as dele no nosso mundo real, então façamos o seguinte exercício de imaginação: O que Homer faria com um Raio X que não tem mais utilidade?
Como um adorável idiota que é, ele provavelmente o jogaria no lixo comum junto com urânio enriquecido da usina nuclear. Uma das coisas mais erradas a se fazer já que a “fotografia” do Raio X contem um metal pesado que pode poluir solo e água: A prata.
Através do “descarte” correto, a chapa pode passar por um processo que retira o metal e o utiliza para confecção de jóias e talheres. Já o plástico que resta pode ser transformado em embalagens, fichários ou cadernos.
Super dá a dica de onde achar postos de coleta desse material. Em São Paulo você pode procurar o Hospital das Clínicas da USP. Lá existe um posto de coleta que funciona de segunda a sexta das 8 às 17 horas no Prédio dos Ambulatórios, perto da estação Metrô Clínicas.
Se você for cliente do laboratório Fleury a própria instituição recolhe as chapas. Procure a unidade mais próxima nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
A terceira alternativa é entrar no site e-cycle, ir na opção “diversos” e procurar os postos de coleta de chapas mais próximo.
Agora é só passar essa dica para aquele seu amigo “Homer” antes que ele jogue os exames de Raios X em qualquer lugar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É possível comprar com consciência. Veja dicas


Ecologia, RRR, Tecnologia



Um dos principais hábitos modernos do ser humano, o consumo, bate de frente com os hábitos mais novos baseados na sustentabilidade. Mas tem como equilibrar as duas coisas. A gente explica.
É claro que não estamos falando do consumismo doentio que, infelizmente, muitas pessoas fazem. Mas o ato de comprar coisas novas não precisa ser considerado uma traição ao meio ambiente, ideias simples sobre como escolher os novos itens e boas decisões sobre o que fazer com os itens antigos são a chave para o consumo equilibrado.
Você pode comprar móveis novos, por exemplo, que tenham o selo que garante o uso de madeira reflorestada. Dessa forma terá um móvel do seu gosto e contribuirá com uma empresa que renova nossas reservas florestais. O móvel antigo você pode vender em sites, ou ainda clicar aqui e se informar sobre doações para o exército da salvação. Só não pense em descartar móveis em qualquer lugar, lembre-se que um sofá velho é muito melhor do que dormir no chão, para quem não tem opção.
Quanto aos aparelhos que consomem energia elétrica, sempre é melhor escolher os que fazem mais usando menos. Com isso, além de ajudar o planeta você vai ter uma boa economia na conta no fim do mês. E a regra quanto ao descarte também vale, quase sempre é possível vender o aparelho antigo e quando o valor de mercado for baixo demais, doar ou enviar para reciclagem de eletrônicos é a melhor solução.
Existem também as pilhas e baterias. Nesse caso as melhores são as alcalinas, que não levam metais pesado em sua fórmula, e acima de tudo prefira as recarregáveis. E para o descarte procure sempre uma loja que faça a coleta (o fabricante deve passar a localização via SAC) – geralmente hipermercados e bancos tem recipientes para isso.
Essas precauções na hora de comprar (e descartar) produtos ajudam o ambiente e você não precisa parar de comprar, o que é preciso é consciência.
E então, você tem alguma outra dica?

terça-feira, 2 de agosto de 2011


Curiosidades, Economia, Reflexão

Governança Corporativa e Sustentabilidade. 

Ou, como a transparência é verde




A competitividade dos negócios e da busca por investidores vem provocando ao longo dos últimos anos uma mudança significativa na forma de agir e pensar coletivamente dentro das organizações.
O modelo tradicional visando fortemente o lucro às custas do que quer que fosse deixa de ser aceito pelos diversos stakeholders:
  • Funcionários não se sentem confortáveis ao trabalharem em empresas cujas ações possam piorar a vida de outras pessoas ou prejudicar o meio ambiente;
  • Clientes se tornam avessos a produtos cujas fábricas provoquem danos ambientais ou se utilizem de mão de obra inadequada;
  • Fornecedores não querem suas marcas vinculadas a tais tipos de empresas;
  • Governos, preocupados com o futuro da população e da Natureza, exigem práticas adequadas, reparações e investimentos em ações sócio-ambientais;
  • Por essas e outras razões, acionistas passam a pressionar a administração das empresas, afinal, com funcionários desmotivados, clientes avessos, menos fornecedores e pressão governamental, não existe negócio que sobreviva.
Para que tais questões fossem solucionadas, tanto as práticas de Responsabilidade Sócio-Ambiental (RSA) quanto a Governança Corporativa se tornaram aliados da administração e, apesar de diferentes em forma, estão bastante correlacionados.

Transparência força boas ações

Enron e Worldcom quebraram em 2001 levantando a questão das fraudes contábeis e fiscais. Foi um dos aceleradores da Governança Corporativa. Foto: James Nielsen/Getty Images
Governança Corporativa vem justamente como forma de melhorar as relações entre os diversos atores que envolvem a organização e isso se dá, em grande parte, através da transparência e daprestação de contas.
Diversos relatórios, geralmente com formatos pré-estabelecidos, são gerados para que toda a sociedade tenha conhecimento das ações da empresa e seus planos para o futuro, e, se há transparência, é bom que o que será mostrado agrade aos que lerão, por isso, práticas antes limitadas aos bastidores, precisam ser alteradas para que sejam bem aceitas.
Outro aspecto importante da Governança Corporativa é a participação, seja de acionistas minoritários, seja de representantes de classe, do próprio governo, enfim, da sociedade.
Este fator também reforça a orientação às práticas de responsabilidade social e empresarial uma vez que são atores mais preocupados com o reflexo total da empresa na sociedadee menos à busca pelo retorno financeiro.

Foco no Individual 

vs Foco no Coletivo

É interessante notar como as pessoas, individualmente, vivenciaram nas últimas décadas umamudança drástica na estrutura familiar, base inegável de formação da consciência ética, dos valores, da moral e da cultura.
Cada vez em unidades menores e mais fechadas, e atualmente em núcleos muitas vezes restritos a pais com filhos, apenas casais ou mesmo pessoas solteiras, o que antes servia para a formação de um pensamento coletivo foi se transformando em foco no individual e nas conquistas pessoais.
Tal elemento se torna relevante a partir do momento em que essas pessoas tomam decisões em empresas e passam a pensar apenas no retorno imediato e individual e não nos reflexos a todos aqueles que o rodeiam e ao meio ambiente. É aí que a Governança Corporativa se mostra positiva, pois com mais pessoas e grupos participando, torna-se mais plausível o foco na coletividade, o pensamento para além das fronteiras da organização.

Bom para nós, 

bom para os negócios

Notando, portanto, o ganho gerado por ações positivas que compreendam desde o uso do papel reciclado à logística reversa dos produtos, passando pela exploração correta dos recursos naturais e respeito pela sociedade, é imperativo às empresas que trabalhem com Responsabilidade Sócio-Ambiental.
Além disso é extremamente justo que divulguem suas ações ao público, o que em nada diminui seus feitos, pois quanto mais as pessoas se utilizarem disso como fator decisivo para a compra, mais as empresas se verão obrigadas a adequar-se aos melhores padrões.
O que se pode notar é uma inicial preocupação financeira como motor da Governança Corporativa, tentando dar voz aos acionistas minoritários, inibir fraudes, evitar conflitos com órgãos governamentais e reguladores ou desrespeito às leis, mas que acaba por refletir em uma administração voltada para o coletivo, para a igualdade entre as pessoas, para o compromisso com o futuro, notadamente característicos da RSA.
[Imagem inicial por Sprout-Foundation.org]
Por  em 26.07.2011 via  ecoplanet