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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Riscos em 2011: 

Perda da Biodiversidade

Até a morte dos dinossauros, a terra não tinha sofrido uma perda tão rápida de plantas, animais, e de ecossistemas. Nossa destruição da natureza podia ser ainda maior do que nossas emissões de gases de efeito estufa.

(foto: Shutterstock)


Sob a ameaça

Os corais de recifes contêm uma biodiversidade incrível, mas estão ameaçados pela exploração excessiva, pela mudança de clima, e pelo turismo. Se desaparecessem, 
152 bilhões de dólares de receitas anuais iriam com eles.


O Ano Internacional da Biodiversidade das Nações Unidas (NU) começou mal. "Nós falhamos miseravelmente", Jean-Christophe Vie, da União Internacional para a Conservação da Natureza, disse a Reuters, lamentando-se sobre a falha das NU em retardar a taxa de extinção de plantas e animais em 2010.

As NU acreditam que há uma perda de três espécies por hora para a urbanização, desflorestamento, pesca excessiva, mudança de clima e espécies invasoras. E não é apenas sobre o “selvagem”. Os habitats humanos, como as fazendas, estão igualmente ameaçados.


A biodiversidade descreve como todas as formas de vida - bactérias, insetos, e grandes animais - interagem para providenciar “serviços vitais do ecossistema” como o alimento, a água doce, a medicina, a madeira, e a recreação. Do plâncton microscópico que alimenta os peixes que nós comemos às plantas que fornecem a cura para a malária e o câncer, a perda da biodiversidade afeta a todos nós.

Infelizmente, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM) dos Riscos Globais 2010, 60 por cento dos serviços do ecossistema do planeta foram degradados nos últimos 50 anos. “O caminho previsível de tendências de crescimento demográfico e de consumo prenunciam o mal,” conclui o relatório.

E como descobriu a maioria das vítimas pobres do tsunami asiático em 2004, a degradação do ecossistema pode ter conseqüências catastróficas. Décadas de desflorestamento dos manguezais os deixaram indefesos.

A perda da biodiversidade custa dinheiro assim como vidas, diz o relatório: entre 2 e 4.5 trilhões de dólares em 2008. De acordo com outro relatório do FEM, “Biodiversidade e Risco de Negócios”, vai além de custos econômicos - aproximadamente 1.7 trilhões de dólares - que a Stern Review calcula resultará das emissões de gases de efeito estufa do mesmo ano.

Em 2007, o colapso de colônias de abelhas indicou que as safras não foram polinizadas e assim a agricultura dos E.U.A. perdeu 15 bilhões de dólares. A agricultura industrial já reduziu a diversidade das colheitas. Isto, por sua vez, reduz a habilidade das safras de se adaptarem às pragas, doenças ou mudanças climáticas, deixando assim a cadeia alimentar mais vulnerável. Se os corais de recifes desaparecessem, 152 bilhões de dólares de receitas anuais iriam com eles.

Uma resposta é avaliar propriamente os serviços do ecossistema e a diversidade de espécies: pagar nosso débito com a natureza pagando as pessoas para protegê-la. A iniciativa REDDF (Reduzir Emissões do Desflorestamento e da Degradação da Floresta) operaria neste sentido pagando aos países que possuem florestas para não cortar suas árvores.

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"Impulsionar a biodiversidade impulsiona a economia global", o Programa de Meio Ambiente das NU declarou. Agora o desafio é persuadir os negociantes, políticos e o público que nada da natureza vem de graça.

Editor: James Tulloch
via Allianz Knowledge Brasil

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