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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Post filosófico e poético...

Fugindo um pouco da linha de publicações anteriores, resolvi escrever o que me veio na inspiração...


liberdade. 
Estou me sentido feliz. Podendo curtir uma tarde dessas mesmo trabalhando. Apesar de nem tudo ser como e quando queremos, mas se a gente acredita na gente, elas se tornam realidade pouco a pouco, se a gente tiver olhos de perceber. Quero desejar a todos os meus amigos que estão trabalhando em seus escritórios, com seus afazeres, jobs, campanhas, vendas etc, que possam sentir a sensação que tenho agora, trabalhando também, mas podendo também sentir o vento, ver o céu lindo que está abrindo agora.
Porque a vida não é só o trabalho dentro desta caixa eletrônica ou no papel em branco, ou sei lá o que. Ela precisa que a gente se conecte a ela pra que as coisas fluam...
A vida não é só ganhar dinheiro ou consumir ou se conectar nisso ou naquilo, aqui virtualmente, embora a gente muitas vezes parece estar mais conectado ao virtual do que o real.E que mesmo que a gente faça escolhas, sejam elas questões da vida ou de um trabalho, ou no processo de criação de algo, do fazer assim ou daquele outro jeito.
No fundo, as coisas realmente só fluem da melhor maneira, se a gente consegue perceber a grandeza do que está por trás de tudo isso. A gente só precisa ter olhos de ver e de perceber, que a vida, tá aí, tá lá fora, acontecendo, enquanto a gente trabalha, se preocupa, corre de um lado pro outro. 
A vida tem um curso, independente das nossas decisões. A gente escolhe, entrar no ritmo da vida ou nadar noutro sentido, que parece ser o dela, mas que na verdade é o que construímos. A vida flue, mas noutro ritmo, outra coisa, que a gente só percebe se parar um pouco, respirar, olhar pela janela, olhar pro céu, ou mesmo nas pessoas em seus fluxos de vida lá fora. É perceber o momento, sentir ele, sentir e ter a lucidez de de perceber o exato instante. Aprendi isso hoje na minha primeira aula de Yoga, ter a percepção do momento.
Acho que as coisas só estão "desorientadas"ou desequilibradas como estão porque o homem se distanciou "deste mundo", que não é o virtual, mas que passa na nossa frente quase que imperceptível.
A vida tá aqui na internet, tá no nosso real da nossa rotina, mas também tá lá fora, pulsando também, a nos envolver mesmo que a gente não perceba. É como a natureza e seu ritmo. Ela tá sempre a mudar, mesmo que lentamente sem a gente perceber.
A gente só precisa parar uns minutos e sentí-la. Depois desses instantes, garanto que você vai resolver melhor as coisas...

Bom final de tarde a todos e bom trabalho. Afinal, apesar de estar aqui filosofando ao ver essa tarde linda, também estou trabalhando...

Forte abraço a todos...

2 comentários:

  1. putz, que ótimo um post como esse! dar uma sacudida nesse imperativo do produtivismo. e a gente não quer só pão, a gente quer diversão e arte! e talvez ainda mais, né? o direito ao nada, ao ócio, ao indefinido, ao inominável... a esses fins de tarde não sei.

    beijo!

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  2. Obrigado Júlia! Mas permita-me fazer apenas uma ressalva... eu não estava ocioso e por isso mesmo fiz esse post, no sentido que é possível se trabalhar, mas sem se alienar no trabalho, poder produzir sem se desconectar do meio, podendo dar uma pausa da tela do computador para olhar pela janela, refletir, curtir o momento, ver o céu lá fora...
    Mas a crítica ao produtivismo eu concordo, este imperativo imposto no mundo atual, da produção a todo vapor, sem que as pessoas possam nem ao menos sair para tomar um café, é contraproducente, pois principalmente no trabalho criativo, a gente também precisa do ócio criativo, da pausa, do respiro, da inspiração, para que a cabeça faça as conexões necessárias para resolver os problemas. Essa é a minha intenção com esse texto. Produzir sim, mas com equilíbrio, senão morremos, de saúde e como seres criativos...

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