Um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgado na quarta-feira, 5 de janeiro, indica que a relação entre a oferta e a demanda mundial por cereais vai continuar apertada na safra de 2011. A agência projeta uma redução de 6% dos estoques globais de cereais em relação a 2010 (o equivalente a 32 milhões de toneladas) para atender às necessidades de consumo.
Segundo o comunicado da FAO, a oferta escassa tem provocado um aumento dos preços mundiais dos alimentos nos últimos meses. Na primeira quinzena de dezembro de 2010, o preço do trigo nos Estados Unidos subiu 47%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
As causas para a alta dos preços são atribuídas a vários fatores, inclusive as condições climáticas adversas – estiagem ou chuva intensa. Áreas de produção tradicionais foram atingidas, como a Rússia, a Ucrânia, o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha, a Austrália, o Paquistão e a Argentina, além de países do Sudeste Asiático.
Em 2010, a produção mundial de cereais mostrou queda de 1,4% em relação à safra de 2009, para 2,22 bilhões de toneladas. O maior declínio foi registrado em países exportadores. De acordo com a FAO, a oferta de cereais deve subir 2,5% este ano, em países de baixa renda e com déficit de alimentação. O maior aumento será na África, onde a agência prevê colheitas recordes. Contudo, a projeção exclui o Norte do continente africano.
Ano de 2010 registrou recorde no preço de alimentos
O ano de 2010 registrou recorde na elevação de preços dos alimentos em comparação com o período de 2007 a 2009. Para os especialistas da FAO, os dados geram preocupação, mas não há indícios de crise à vista.
A responsável pelo Escritório Regional para América Latina e Caribe na área de Comércio e Marketing, Ekaterina Krivonos, afirmou que a conclusão deve servir de alerta às autoridades para que adotem medidas que evitem o agravamento da situação como um todo. De acordo com ela, se não forem adotadas medidas urgentes, o risco é de surgimento de um clima de nervosismo e tensão na população dos países mais pobres.
“Os governos da América Latina e do Caribe têm de se preparar e adotar ações relacionadas ao aumento do nível das reservas de emergência, no caso dos grãos, por exemplo. [Isso] fortalece as redes de segurança social e incentiva o aumento da produtividade e dos investimentos na agricultura”, sugeriu Ekaterina.
Em 2008, o escritório da FAO para a América Latina e o Caribe orientou os líderes políticos a estimular os investimentos em agricultura na região ante a possibilidade de ocorrência de alta de preços dos alimentos na década seguinte. Os dados do estudo divulgado na quarta-feira apontam que o açúcar e o milho puxaram os preços para cima. [EcoD]
Segundo o comunicado da FAO, a oferta escassa tem provocado um aumento dos preços mundiais dos alimentos nos últimos meses. Na primeira quinzena de dezembro de 2010, o preço do trigo nos Estados Unidos subiu 47%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
As causas para a alta dos preços são atribuídas a vários fatores, inclusive as condições climáticas adversas – estiagem ou chuva intensa. Áreas de produção tradicionais foram atingidas, como a Rússia, a Ucrânia, o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha, a Austrália, o Paquistão e a Argentina, além de países do Sudeste Asiático.
Em 2010, a produção mundial de cereais mostrou queda de 1,4% em relação à safra de 2009, para 2,22 bilhões de toneladas. O maior declínio foi registrado em países exportadores. De acordo com a FAO, a oferta de cereais deve subir 2,5% este ano, em países de baixa renda e com déficit de alimentação. O maior aumento será na África, onde a agência prevê colheitas recordes. Contudo, a projeção exclui o Norte do continente africano.
Ano de 2010 registrou recorde no preço de alimentos
O ano de 2010 registrou recorde na elevação de preços dos alimentos em comparação com o período de 2007 a 2009. Para os especialistas da FAO, os dados geram preocupação, mas não há indícios de crise à vista.
A responsável pelo Escritório Regional para América Latina e Caribe na área de Comércio e Marketing, Ekaterina Krivonos, afirmou que a conclusão deve servir de alerta às autoridades para que adotem medidas que evitem o agravamento da situação como um todo. De acordo com ela, se não forem adotadas medidas urgentes, o risco é de surgimento de um clima de nervosismo e tensão na população dos países mais pobres.
“Os governos da América Latina e do Caribe têm de se preparar e adotar ações relacionadas ao aumento do nível das reservas de emergência, no caso dos grãos, por exemplo. [Isso] fortalece as redes de segurança social e incentiva o aumento da produtividade e dos investimentos na agricultura”, sugeriu Ekaterina.
Em 2008, o escritório da FAO para a América Latina e o Caribe orientou os líderes políticos a estimular os investimentos em agricultura na região ante a possibilidade de ocorrência de alta de preços dos alimentos na década seguinte. Os dados do estudo divulgado na quarta-feira apontam que o açúcar e o milho puxaram os preços para cima. [EcoD]