Blog de divulgação e produção de idéias sustentáveis através da comunicação, arte, design e arquitetura.
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O problema dos carros elétricos sempre foi a autonomia – ou a falta dela, mais precisamente. Ontem, um Audi A2 elétrico bateu um recorde para carros comuns, andando 600 km com uma carga. A viagem de Munique a Berlim durou um pouco menos de 7 horas e foi feita sem a intenção de economizar muito – o aquecedor ficou ligado na maior parte do percurso. O Ministro da Fazenda alemão, Rainer Bruederle, disse aos jornalistas: “Este foi um recorde mundial. Antes, carros elétricos conseguiam andar 60 ou 70 km sem recarregar. O que vimos hoje é um salto tecnológico.” Os europeus têm demorado a entrar na onda dos carros elétricos – ao menos em comparação com japoneses e, agora, americanos. Nos EUA, o governo Obama já gastou bilhões em empréstimos para as montadoras, fora o subsídio de até 30% do preço de um carro elétrico dado pelo governo. Na Europa, o caminho é parecido: na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel já disse que quer pelo menos 1 milhão deles estejam circulando até 2020 e que, em 2050, veículo com motor a combustão sejam “coisa do passado”. BMW e Volks já anunciaram que vão começar a produção em massa de seus primeiros modelos em 2013 – ano em que deve chegar por aqui oe-carro da Mitsubishi. Acho a ideia ótima, mas enquanto eles não estiverem a um preço viável – ou enquanto eu não ganhar na Megasena para ter umTesla Roadster, fico com meu combo bike+ônibus+táxi[ viaGizmodo]
A vazante do Rio Negro, no Amazonas, atingiu recorde, com o menor nível registrado desde o início do monitoramento, em 1902. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que o nível do curso d’água do rio chegou a 13,63 metros no domingo. Até agora, o menor volume registrado era de 13,64 metros, em 1963. O Rio Solimões também atingiu a vazante recorde em outubro e ficou 88 centímetros abaixo do nível do leito do rio no início do mês. A causa para a seca dos rios atingir níveis extremos é a falta de chuva na região. Em todo o estado do Amazonas, a estiagem levou, até agora, pelo menos 30 municípios a decretarem situação de emergência. Com o nível dos rios baixo, muitas cidades ficam inacessíveis e com dificuldades de abastecimento de comida e água potável. Apesar da situação crítica, a vazante nos rios da Amazônia deve ser revertida até o próximo mês, seguindo o ciclo hidrológico da região. Na última semana, o Ministério da Integração Nacional anunciou a transferência de R$ 23 milhões para o governo do Amazonas para ações de socorro e assistência aos municípios atingidos pela seca. O dinheiro deve ser gasto com aquisição de cestas básicas, filtros purificadores, motobomba, equipamentos para fornecimento de água potável e barracas. [Info]
O relatório mensal do governo Americano sobre o clima está começando a soar como um disco riscado. O Centro de Dados Nacional sobre o Clima divulgou na semana passada que o período entre janeiro e setembro deste ano empata com 1998 como os nove meses mais quentes já registrados. A agência afirmou que a temperatura média do período foi de 1.17 graus acima do normal para os registros de 131 anos. Os doze meses mais quentes da história até agora foram os de 2005. O Centro de Dados acrescentou que este foi o período entre janeiro e setembro mais quente no hemisfério norte e o segundo mais quente no hemisfério sul. O aumento das temperaturas nas últimas décadas tem gerado preocupações de ambientalistas e cientistas segundo os quais os poluentes criados pelos seres humanos estão contribuindo com um arriscado aquecimento global. [Info]
Ao clicar na imagem você tem a opção baixar o PDF para visualizar o mapa ampliado/Imagem: Maplecroft
Uma consulta feita com 170 países pela empresa britânicaMaplecroftdivulgada na semana passada, aponta as regiões do mundo mais vulneráveis às mudanças climáticas. Segundo o levantamento, o Sul da Ásia é a região de maior fragilidade às alterações do clima, em razão da crescente população exposta a inundações, secas, tempestades e elevação do nível do mar. O Índice de Vulnerabilidade pelas Mudanças Climáticas pretende ser um guia para o investimento estratégico e a adoção de políticas. Dos 16 países listados como em risco “extremo” devido às mudanças climáticas nos próximos 30 anos, cinco são do Sul da Ásia, com Bangladesh e Índia em primeiro e em segundo lugares, respectivamente, Nepal em quarto, Afeganistão em oitavo e Paquistão em 16º. A China (49º) e o Japão (86º) estão na categoria de “alto risco”, assim como o Brasil (81º) – nossa equipe tentou entender as razões para essa colocação brasileira no ranking, mas não obteve êxito. A metodologia adotada pela empresa global de aconselhamento de riscos se baseia em 42 fatores sociais, econômicos e ambientais, o que inclui a capacidade de resposta dos governos, no intuito de avaliar o risco para a população, os ecossistemas e os negócios em função das mudanças climáticas. O Sul da Ásia é especialmente vulnerável por causa de mudanças em padrões climáticos que resultam em desastres naturais, como as recentes inundações no Paquistão e Bangladesh, que afetaram mais de 20 milhões de pessoas. “Há evidências crescentes de que as mudanças climáticas aumentam a intensidade e a frequência de eventos climáticos”, afirmou à AFP Anna Moss, analista ambiental da empresa. Insegurança alimentar e fome Bangladesh ocupa a primeira posição do ranking devido a uma dupla má sorte. O país asiático tem o maior risco tanto de seca quanto de fome, além de lutar contra a pobreza extrema e a alta dependência na agricultura (o setor econômico mais afetado pelas mudanças climáticas). Como se não bastasse, possui o governo menos capaz de responder aos impactos climáticos, na avaliação da Maplecroft. Sobre a Índia, segundo país mais populoso do mundo (só atrás da China) com cerca de 1,5 bilhão de habitantes, a empresa britânica observou que “Quase todo (o país) tem um alto nível ou nível extremo de sensibilidade às mudanças climáticas, devido à severa pressão populacional e ao consequente abuso de recursos naturais. A isto se soma um alto nível de pobreza, baixa qualidade da saúde em geral e dependência agrícola de grande parte da população.” Entre os países da categoria de “médio risco” estão a Rússia (117º), os Estados Unidos (129º), a Alemanha (131º), a França (133º) e a Grã-Bretanha (138º). A Noruega lidera o pequeno grupo de 11 países considerados em baixo risco, dominado pelos escandinavos e pelos holandeses, que têm trabalhado para defender seu território, situado abaixo do nível do mar, da elevação das águas dos mares. “As vulnerabilidades mais sérias às mudanças climáticas foram encontradas no grupo de países em desenvolvimento com sistemas socioeconômicos mal equipados para responder a desafios como a segurança alimentar e hídrica, além de sofrerem com economias instáveis e instituições fracas. Este é o caso de um grande número de países, estando o Sul da Ásia e a África no centro das preocupações”, concluiu Fiona Place, também da Maplecroft. [EcoD]
Quando Steve Jobs sentou com sua equipe de design em Cupertino, eu tenho certeza de que era exatamente isso que ele tinha na cabeça: O iCarta, um porta-papel higiênico que toca e recarrega seu iPod. Sério. Muito sério. Me diz se tudo o que você queria NA VIDA, tudo o que faltava pros seus momentos no banheiro serem mais felizes, não era um porta-papel higiênico que toca & carrega? E quecusta US$29,99 na Amazon. (Tudo bem se você gosta de ouvir música no banho (ou se você tem uma Playlist especial para os números 1 e 2).. mas o dock que você já tem do iPod não cumpre essa função direitinho?) [Info]
Usualmente quando se fala em sustentabilidade, a primeira imagem que surge em nossas mentes é a de um ecologista extremamente chato falando sobre a importância de termos banheiros secos ou de sermos vegetarianos para que o planeta seja salvo.
As idéias do desenvolvimento sustentável são tão bonitas, morais e conscientes que provavelmente ninguém terá coragem de levantar sua bandeira contra. Afinal, quem irá no caminho contrário daquele que argumenta sobre a importância do cuidado com o planeta para que as próximas gerações tenham seu "lugar ao sol"?
Por um lado é certo que não temos como construir um planeta onde todos nossos processos são sustentáveis, afinal as leis físicas dizem claramente que a desorganização de um sistema (entropia) tende a aumentar continuamente. No entanto, a conscientização de que o consumismo exacerbado pode levar a uma aceleração do processo de destruição é necessária e útil.
O odiado e ao mesmo tempo aceito/imposto capitalismo tem por principal meio de perpetuação o consumismo desenfreado que nada mais é do que fruto da publicização de um produto. A propaganda tem dois objetivos implícitos: alienar ou conscientizar, meio-termos existem obviamente. A pergunta a ser feita para diferenciar um objetivo de outro é o simples pensar sobre a relevância e necessidade do consumo de um determinado bem.
É simples: o novo celular que acabou de sair no mercado vem com mais tecnologias ou não passa de mais um agregador de tecnologias passadas? A farmácia tem realmente necessidade de vender seus produtos em cestos, tem necessidade de fazer propaganda e dar descontos? Muitos e muitos bens de consumo vem travestidos de novas embalagens e cores para que seja mais vendido, no entanto, o questionamento é: há necessidade de mais vendas?
Observemos o conceito de desenvolvimento. Um país é desenvolvido de acordo com sua capacidade de consumir, em outras palavras uma nação é tratada como superior as outras de acordo com o menor tempo de uso de um produto. A problemática da situação está em, através de propaganda, incutir nos que menos consomem que isso é o conforto e a felicidade mais desejada pela raça humana.
A propaganda como causadora de pensamento crítico é algo tão utópico quanto o conceito de sustentabilidade. Apesar disso, repensar o modo de se consumir e a maneira como se observa uma propaganda são os primeiros passos para a construção da aclamada e famigerada utopia chamada desenvolvimento sustentável.
"Se a sua segurança emocional depende de satisfazer um desejo que você não tinha antes de ler o anúncio, vá em frente." - Calvin
"A minha identidade está tão envolvida pelo que eu compro que eu paguei à companhia para anunciar seus produtos!"
- Quando Calvin diz que queria que a camiseta dele tivesse um logotipo. - Calvin
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Para complementar a idéia do texto e das tirinhas do Calvin, posto dois documentários bem interessantes.
O primeiro chama-se "The Story of Stuff" em português "A História das Coisas", um documentário sobre consumismo, de forma clara e objetiva. Recomendo bastante.
Criadores do Stellarium ranquearam os níveis de visibilidade de estrelas no céu/Foto: Divulgação
Há quanto tempo você não pára e contempla demoradamente um céu estrelado? Pense um pouco e reflita qual foi a última vez que você contou estrelas ou tentou identificar as constelações em uma noite escura. Ou melhor, pergunte a alguma criança se alguma vez na vida ela já viu uma estrela cadente. Cada vez mais, cenas como essas tem sido vistas apenas em filmes, novelas e comerciais de TV. Com a evolução das cidades o homem tem se afastado do contato com a natureza e coisas banais, como olhar para o céu, se tornou algo distante da nossa rotina. Mas não pense que a culpa é exclusiva do nosso estilo de vida moderno. Além da correria do dia a dia e do excesso de espaços fechados, outro problema tem feito com que as pessoas não enxerguem mais tantas estrelas no céu: a poluição luminosa das grandes cidades. Qualquer um pode perceber esse fenômeno. Basta olha de longe para um centro urbano para ver um clarão laranja envolvendo a cidade. Esse é um sinal do excesso de lâmpadas de vapor de sódio presentes por ali. Esse brilho no céu, causado pelo excesso de luzes direcionadas para cima, é o grande responsável pelo ofuscamento das estrelas que estão mais próximas ou um pouco acima da linha do horizonte. Os impactos desse excesso de luminosidade é sentido em todo o planeta, especialmente nas regiões ocupadas por grandes metrópoles. Segundo o engenheiro de energia Saulo Gargaglioni, uma estimativa aponta que cerca de 1/5 da população mundial, mais de 2/3 da população dos EUA e mais da metade da população da União Europeia perderam a visibilidade a olho nu da Via Láctea. Uma avaliação feita em Madri, nas Espanha, revelou que a poluição luminosa causada pelas luzes da cidade poderia ser sentida em um raio de 100 km. Toda a área do sul da Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental e norte da França têm um brilho noturno entre duas e quatro vezes acima do normal. O único lugar na Europa continental onde o céu pode alcançar sua escuridão natural é no norte da Escandinávia. Com isso, o céu das cidades tem se tornado ambientes cada dia mais “apagados” e seus moradores, cada vez mais distantes da natureza.
Céu noturno na cidade do Novo México é exemplo do fenômeno
Impactos E quem pensa que o problema se restringe à perda da beleza de uma noite estrelada, se engana. O excesso de luz artificial pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local. Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Isso ocorre devido à supressão da luz noturna sobre glândula pineal, reduzindo a produção do hormônio melatonina. Esse hormônio só é sintetizado no escuro e sua produção é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz. Por isso, sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco da doença. A invasão de luz nas casas devido a locais com alta iluminação noturna, como lojas e shoppings, também pode prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa. O excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto com alguma superfície. A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos. Normalmente, os filhotes movem-se no sentido contrário aos ambientes escuros, em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes e acabam desorientados. Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente. Para completar o quadro, ainda existem consequências econômicas para o fenômeno. Pesquisadores norte-americanos estimam um desperdício anual de dois bilhões de dólares com iluminação ineficiente. Outro estudo mostra que um aumento de 25% na iluminação noturna, ocasiona uma perda de quase 20 milhões de dólares para a astronomia. Planejamento e controle são as soluções Para Gargaglioni, todas essas consequências são resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação. “A visibilidade do céu noturno tem sido prejudicada não só pelas luminárias das vias públicas, mas também pela iluminação ineficiente de estádios de futebol, outdoors, monumentos e fachadas de prédios”, afirma. E para evitar a poluição, bastam alguns cuidados simples. Segundo o arquiteto Eduardo Ribeiro dos Santos, o problema pode ser controlado pelo direcionamento correto das fontes de luz, controle do ofuscamento e utilização correta das lâmpadas que podem reduzir a poluição ao mínimo. Políticas públicas voltadas para o combate ao problema também tem sido adotadas em diversos países. Em junho de 2009, a Associação Médica dos Estados Unidos desenvolveu uma política de apoio ao controle da poluição luminosa. No Brasil, a legislação atual ainda é muito desconhecida e pouco abrangente. As poucas leis que tratam do assunto se referem apenas a áreas de desovas de tartarugas ou de observatórios espaciais. “Iluminar bem não é iluminar em excesso, e sim, com eficiência, e os profissionais e a comunidade em geral devem ser alertados para isso”, conclui Gargaglioni. [EcoD]