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domingo, 19 de dezembro de 2010

Aluguel automático de bicicletas vai virar realidade em SP


Várias cidades europeias têm um sistema de empréstimo automático
de bicicletas. Funciona assim: a estação de aluguel da bike tem 
uma máquina, onde você paga pelo empréstimo, e uma barra, 
onde ficam presas as bicicletas. 
Elas são liberadas pela máquina mediante pagamento – não tem 
ninguém mediando o empréstimo, tudo é automático. Existem várias 
estações como essa pela cidade: você anda com a bicicleta e depois 
pode devolvê-la em outro posto.
Nós adoramos o sistema de Barcelona, por exemplo. E São Paulo 
está prestesa ganhar um sistema assim, graças a dois alunos da 
Universidade de São Paulo. Felipe Ventura, do Gizmodo, conversou 
com Mauricio Villar,a que, junto a Maurício Matsumoto, teve a ideia 
que levou ao PedalUSP. 
Eles são formados em engenharia mecatrônica pela USP e fizeram
intercâmbio na França. 
Os amigos moraram em cidades que ofereciam o sistema de emprés-
timo automático de bicicletas, e resolveram fazer seu trabalho de con-
clusão de curso na área, bolando um sistema que funcionasse no Brasil. 
E graças ao Propesc, programa que busca, na própria USP, projetos e
ideias na área de sustentabilidade, o TCC começou a virar realidade.
O projeto demonstrou em agosto seus primeiros protótipos na Cidade 
Universitária, zona oeste de São Paulo – e, de acordo com o Mauricio, 
teve receptividade acima do esperado. 
Veja um dos protótipos abaixo:
O sistema deve ser instalado na USP a partir de janeiro de 2011, 
ainda em caráter experimental. 
Serão apenas duas estações com quatro bicicletas, número que 
deve crescer para dez estações e cem bicicletas com a expansão 
do projeto, sem data definida.
Mauricio conta que, como a ideia é que a bike seja usada para
trajetos curtos – da aula para o almoço, por exemplo – o empréstimo 
será gratuito mas limitado a 20 minutos. Se o usuário não 
a devolver nesse período, ficará um ou mais dias sem poder pegar 
bicicletas emprestadas. Só haverá multa em dinheiro (de R$300) 
se a bicicleta não for devolvida em 24 horas. Mas, diz Mauricio, 
estes critérios podem mudar à medida que o projeto é implementado.
Para evitar que bicicletas sejam furtadas, elas contam com chip
 identificador (não é GPS!), que mostra quem está com a bicicleta 
ou em qual estação ela se encontra. As bikes serão diferentes das 
comerciais, para não retirarem peças dela (como o banco). E deu-se 
atenção especial à trava eletromecânica da bike, que a prende
na estação. 
As estações de empréstimo também têm câmeras de segurança e
estão localizadas em locais estratégicos: tanto de fácil acesso para 
os usuários, como próximos a guaritas da universidade.
Inicialmente, segundo Villar, o sistema será exclusivo para alunos, 
funcionários e docentes da USP. Além disso, as bicicletas só poderão 
ser usadas dentro do campus – novamente, a ideia é usá-las para 
trajetos curtos. Com mais recursos, o sistema poderá ser expandido, 
aberto para quem não é ligado à USP, e inclusive ser integrado à estação 
de trem próxima à universidade. Para implementar e expandir o PedalUSP, 
que tem custo estimado de R$500 mil, os coordenadores do projeto buscam
 parceiros e patrocinadores. Mauricio conta que já estão em conversas com 
a iniciativa privada, e a própria USP pode financiar parte do projeto.
Já existem iniciativas semelhantes a esta em outras cidades, como
Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa. Então esperamos que o 
PedalUSP seja ampliado e inspire iniciativas semelhantes em 
São Paulo. 
[Pedalusp/Release via GizmodoImagens: Divulgação]

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